✿⊹⊱ Sily..L@ndia ⊹⊱✿ |
Posted: 16 Sep 2013 06:21 PM PDT
Projeto: Pequenos investigadores:Observar para conhecer Parte 2
Iniciação da pesquisa em livros
Foram disponibilizados as crianças livros científicos e literários, revistas, fichários, enciclopédia, artigos, pesquisas de sites, bem como uma lupa e uma pinça para que pudessem manipular os insetos. Em grupos pequenos, as crianças foram direcionadas a uma postura investigativa, relacionando os insetos trazidos por eles com os localizados nos materiais disponíveis.
Durante a exploração, leituras informativas foram realizadas juntamente com os grupos. Cada criança permaneceu na sua equipe investigando o tempo que entendeu ser necessário para saciar sua curiosidade nesse primeiro contato.
O que a turma aprendeu:
Hoje o grupo conheceu e explorou materiais que servirão de apoio para nossas pesquisas científicas sobre insetos. Nesse primeiro momento, a exploração foi de acordo com o interesse de cada criança. A maioria do grupo demonstrou interesse ao manusearem as revistas, fichário, livros científicos e literários, enciclopédias, artigos e pesquisas de sites disponíveis.
Durante a observação algumas crianças fizeram comparações em relação aos insetos trazidos para a sala como a quantidade de patas, antenas e formato do corpo.
Érick observa as imagens de animais peçonhentos, os quais mais chamam sua atenção. Diz "essa aranha é bem perigosa", "como a aranha nasce?", "esse eu sei também, é um escorpião", "machuca também, tem o ferrão aqui".
João Vitor passa boa parte do tempo observando as imagens e contando as pernas que cada inseto tem. Depois pede para ver todo o fichário, observa a borboleta e diz "ela é um inseto", lembrando características que as formam.
Cauãn Victor observa os livros e os insetos que trouxeram para a sala fazendo um comparativo entre os dois. Diz "esse é igual né!" referindo-se à borboleta que o Willian trouxe.
Willian observa e chama a atenção do João Vitor para ver o que encontrou, demonstra interesse pelo material. Mostra a abelha feita com material reciclado e diz "é uma boboleta", Gabriel diz "não! É uma abelha", permanecem observando e investigando se são insetos ou não as imagens encontradas nos livros.
Essa interação entre as crianças no momento da pesquisa é fundamental para que o grupo troque informações e vivências, contribuindo um com o outro no processo de ensino-aprendizagem.
Seguindo com a pesquisa e observação dos insetos trazidos pelas crianças, Sara observa cuidadosamente as imagens encontradas e comenta: "ele é parecido com o caracol", procurando comparar uma centopeia, depois conta as patas dos insetos.
Heloise procura utilizar os instrumentos que auxiliam na observação dos insetos, com a lupa em mãos nada passa despercebido. Em seguida, algo lhe chama atenção: "que é isso? Minhoca?" pergunta Heloise para o grupo que interage nesse momento.
A curiosidade pelos insetos que foram trazidos pelas crianças suscitou um espírito cooperativo e investigativo no grupo. Dessa forma, a pesquisa através das constantes observações e análises acendeu interesses diferenciados. É importante destacar que as pesquisas serão planejadas cooperativamente, ou seja, crianças e professora estarão definindo e propondo atividades que abordem a temática a ser estudada.
Projetos com fins científicos devem percorrer caminhos diversos, dessa forma, atividades em grandes grupos são necessárias. Mas em seguida deverão ser divididos em grupos menores realizando atividades paralelas como esta, assim as interações e trocas de saberes acabam sendo mais significativos para a criança.
Documentário: O mundo secreto dos jardins
O grupo foi convidado a assistir um vídeo informativo sobre insetos. Durante o vídeo enfatizamos as características, vida e habitat das lagartas. Ao término do filme, realizamos uma conversação sobre o que foi observado no vídeo, destacando a borboleta para iniciação da pesquisa individual do inseto.
Finalizamos com uma técnica de pintura, utilizando uma folha de sulfite e tinta guache de várias cores. A técnica consiste em dobrar a folha ao meio marcando o centro e, em seguida pingar pequenas gotas de tinta das cores de sua preferência de modo que fiquem uma próxima da outra. Depois é só dobrar e espalhar cuidadosamente a tinta e ao abrir, surpresa, formará uma linda borboleta ou o que a imaginação da criança criar.
O que a turma aprendeu:
Antes de o filme começar, o grupo se mostrava curioso. Procuravam na sala o melhor lugar para poderem ver a TV do melhor ângulo. Sabiam que veriam acontecimentos interessantes, antes nunca vistos.
Assim que os insetos começam a aparecer o grupo se agita. Todos tentam falar algo sobre o que estão vendo e realmente às imagens são impressionantes. Ver todos aqueles insetos de forma gigantesca chamou muito a atenção da turma.
Os comentários na roda da conversa mostraram que o grupo, traz conhecimentos variados em relação aos insetos em questão. Júlia comenta "a borboleta solta um pozinho", Heloíse ao ver a imagem de uma abelha, lembra-se do dia em que foi picada por uma e diz "aqui Queidi, pico" mostrando o local exato da picada.
Os insetos como baratas, louva-a-deus, grilos, aranhas, vespas e formigas chamam mais atenção, especialmente se mostradas em situações de sobrevivência.
Sobretudo estão as lagartas que provocam medo, não só nas crianças, mas também nos adultos. Ao verem as lagartas em tamanhos bem aumentados, foi difícil não se admirar. Eduardo diz "ela queima", Sara pergunta "Profe, ela vai virá borboleta"? O vídeo foi mais uma forma de instigar o grupo a levantar questionamentos a serem investigados e pesquisados por eles.
Em um segundo momento, as crianças são convidadas para realizarem uma pintura surpresa. Com alguns pingos de tinta guache no meio de uma folha sulfite e depois dobrando o papel, a tinta mistura-se uma na outra, formando um desenho surpresa ao abrirem à folha.
Geralmente os desenhos se parecem com borboletas, mas algumas crianças viram em seus desenhos, peixes. O grupo optou em utilizar todas as cores disponíveis e mostrou que conhecem cores e tons fortes, claros e escuros.
Realizamos essa pintura em conjunto, para que a técnica fosse de fato uma surpresa e, funcionou. O grupo se mostrou deslumbrado com a técnica e pareciam não acreditar no que haviam feito. Assim que os desenhos surpresas estavam secos, as crianças recortaram e colaram formando um mural, o qual foi complementado com desenhos e imagens de outros insetos.
Conhecendo características específicas
Na roda da conversa, relembramos as características dos insetos que o grupo já conhecia. As informações foram citadas pelas crianças recordando o vídeo assistido e livros de pesquisa.
Em seguida apresentamos os textos informativos, realizando a sua leitura, observando as partes do corpo mencionadas dos insetos no desenho correspondente.
Os textos informativos com as imagens permanecerão expostos na sala por tempo indeterminado para auxiliar nas pesquisas e investigações da turma.
O que a turma aprendeu:
A turma se reuniu para realizar a leitura dos textos informativos e comprovou que as características do corpo dos insetos estão claras para a maioria das crianças que respondem em coro "um par de antenas, o corpo dividido em três partes, cabeça, tórax e abdômen, seis patas e asas ou não".
No decorrer do texto vamos representando através de gestos as funções de cada elemento, ou seja, o par de antenas tem a função sensorial de olfato, tato e às vezes de audição. Mostramos então as mãos, nariz e ouvidos. Assim ocorreu também para diferenciar o sistema bucal, tórax e abdome.
O grupo todo se agita e ri quando ouvem algumas palavras antes não ouvidas e também sobre o sistema bucal diferenciado entre os insetos. Cada palavra nova era questionado seu significado e substituído por sinônimos.
A observação das imagens enquanto a leitura foi realizada, auxiliou o grupo a fazer uma melhor identificação e reconhecimento das características.
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Posted: 16 Sep 2013 06:20 PM PDT
Projeto: Pequenos investigadores:Observar para conhecer
Durante este ano, a turma do II Período Vespertino da professora Cleide Simone Voelz decidiu investigar em seu projeto o universo dos insetos. Desta forma, segue abaixo maiores informações sobre esta viagem.
Justificativa
"Curiosidade é uma coceira que dá nas ideias". Sábias palavras de Rubem Alves, que descrevia sobre a enorme vontade que a criança tem em descobrir e desvendar algo. A criança é curiosa por natureza, especialmente por tudo aquilo que se mexe, que é engraçado, esquisito, que incomoda e que assusta. Que surge sobrevoando suas cabeças enquanto pintam ao ar livre. Gritos, risadas e espanto, o que seria aquele ser voando, um besouro? Um bicho esquisito? Uma libélula? Um bicho do Japão como disse Matheus ao encontrar uma apáca? Mas o que são? De onde vêm? Como vivem e se reproduzem? Onde moram? Por que assustam? Sabemos muito pouco sobre eles e por isso, temos tanto medo e receio. O que diríamos então das formigas que visitam nossa sala? E das joaninhas que logo na segunda semana de atendimento foram encontradas e trazidas por duas crianças entre seus pequenos dedos?
A primeira reação do grupo quase sempre é de espanto, gritos, porém curiosidade em observar mesmo que seja de longe, aquele pequeno ser que foi encontrado. E sempre tem aquele valentão que acaba pisando e matando um ser tão pequenino e desprotegido. Está certo o que fez? Devemos matar os insetos? O que acontece na natureza ao matarmos os insetos? Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 188): O trabalho com os seres vivos e suas intrincadas relações com o meio oferece inúmeras oportunidades de aprendizagem e de ampliação da compreensão que a criança tem sobre o mundo social natural. A construção desse conhecimento também é uma das condições necessárias para que as crianças possam, aos poucos, desenvolver atitudes de respeito e preservação à vida e ao meio ambiente, bem como atitudes à sua saúde.
Desse modo, o projeto surge por meio da observação do grupo e seu interesse por pequenos insetos que aparecem nos momentos e lugares menos esperados. E, se desenvolverá através do contexto e interação do sujeito com o meio o qual está inserido.
Objetivos Gerais: • Desenvolver uma postura investigativa através da observação e pesquisa científica; • Ampliar os conhecimentos, buscando fazer uso de livros de pesquisa e de outras fontes de informação; • Construir um insetário como fonte de pesquisa e conhecimento; • Participar de pesquisas de campo, passeios e visitas para estudo; • Criar cartazes com imagens e textos para exposição dos conhecimentos adquiridos; • Participar de conversas, debates e seminários para discussões sobre o tema pesquisado; • Adquirir autonomia e espontaneidade para observar, pesquisar e expor os conhecimentos adquiridos. Culminância:
A finalização do Projeto contará com uma exposição dos insetos coletados, pesquisados e catalogados em forma de insetário, além de cartazes demonstrativos e explicativos sobre cada estudo realizado, bem como contribuições das crianças sobre os conhecimentos adquiridos ao longo do processo de investigação.
Avaliação:
Para orientar a avaliação do projeto serão utilizados como parâmetros, diversas perguntas, dentre as quais:
• Quais conhecimentos o grupo possuía no início do projeto?
• O grupo desenvolveu uma postura investigativa ao longo do projeto?
• Houve aprendizado significativo nos momentos de pesquisa e investigação?
• O grupo demonstrou participação espontânea durante o desenvolvimento do projeto?
• Houve mudanças nos registros das crianças em relação ao início do projeto?
• Quais foram os conhecimentos adquiridos pelo grupo na finalização do processo?
Referência:
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Vol. 3. Brasília: 1998.
Conhecimentos prévios da turma sobre a temática do projeto
O projeto "Pequenos Investigadores: Observar para Conhecer" tem como objetivo principal desenvolver um olhar investigativo nas crianças oferecendo iniciação em pesquisas científicas. Enfatizamos as coletas de informações em livros, observações de insetos verdadeiros, pesquisas em sites de biologia e utilização de instrumentos de auxílio como lupas e pinça de observação.
Iniciamos destacando os conhecimentos que a turma possuía em relação ao assunto. O grupo possui conhecimentos sobre insetos como baratas, borboletas, abelhas, aranhas, cobras. Sabem que alguns insetos fazem mal ao homem e que outros possuem finalidades diferenciadas dentro da natureza como é o caso da borboleta, abelha e joaninha, uns dos insetos mais citados pelo grupo.
A turma se mostra agitada ao ver os materiais que farão parte de nossas investigações que são a lupa e a pinça, que será utilizada pelas crianças para pegar os insetos. Ao manusearem as lupas, ficam radiantes tentando observar tudo ao mesmo tempo, comentam que não conheciam tal material.
O interesse e curiosidade sobre os insetos aumentam quando Matheus encontra um inseto na areia no parque e diz "olha Profe o que eu achei, é uma apáca". Esse foi o primeiro inseto da nossa coleção. Depois de alguns dias, as crianças começaram a trazer mais e mais insetos, os quais têm algum tipo de interesse para que possamos no decorrer do projeto investigar seu ciclo de vida, habitat, como vivem, onde se escondem entre outras curiosidades que surgirão.
Sendo assim, todos os saberes trazidos pelas crianças servirão como ponto de partida para o início das pesquisas e investigações, dessa forma descobriremos o que é realmente verdadeiro e o que não passa de mitos populares.
Registro dos insetos que conhecem
No primeiro momento, o grupo foi convidado a observar os insetos trazidos pelas crianças. Após observação, cada criança foi encorajada a relatar como, onde e quem ajudou a capturar o inseto trazido por ela. Neste primeiro contato com os insetos, o grupo analisou o que mais chamou sua atenção, utilizando materiais de auxílio como uma pinça para que pudessem pegá-los e uma lupa para melhor visualização dos mesmos.
Para finalizar, o grupo registrou seus conhecimentos e curiosidades através de desenhos. Em uma folha sulfitão, as crianças se reuniram em pequenos grupos e decidiram o que queriam saber e quais insetos iriam pesquisar no decorrer do projeto. Os materiais para desenhar ficaram a livre escolha, desta forma, além de desenvolverem a autonomia estariam utilizando materiais de seu gosto, tornando a atividade mais prazerosa.
O que a turma aprendeu:
O grupo se mostrou apreensivo ao observarem os insetos com a lupa e a pinça. Davam gritinhos e risadas. Algumas das crianças não se sentiam a vontade para realizarem a observação dos insetos, passando sua vez para a criança ao seu lado. Finalizada a observação, registraram o que sabem e o que querem descobrir sobre os insetos.
A atividade foi realizada no pátio coberto, as crianças formaram grupos com quatro integrantes, de acordo com a afinidade que cada um possui. Acredito que quando as crianças trabalham em grupos de acordo com suas afinidades, o trabalho fica mais significativo para elas, porém às vezes, o professor deve mediar para que os grupos se modifiquem, mesmo que seja apenas por uma ou outra vez.
Formaram então cinco grupos com quatro crianças em cada mesa. Lápis e giz de cera foram os materiais escolhidos por todos.
Esther desenhou um jardim e nele havia uma borboleta, "borboleta bota ovo?" pergunta sorrindo. Pergunto o que ela acha e Esther sorri. Digo a ela que precisamos investigar e pesquisar nos livros e em outros meios de comunicação.
João Lucas enquanto desenha disse: "quero sabe sobe a lagatixa (lagartixa) e quero sabe se ela choca".
Gustavo perguntou: "como a borboleta busca comida pros filhinhos"?
A maioria das crianças questionou sobre como os insetos nascem, ou seja, a pergunta mais frequente é "ela bota ovo"? Outro questionamento frequente é sobre o que comem e onde moram.
O momento de registrarem seus saberes através de desenhos leva o grupo a interagirem e trocarem informações. Pois, é através da interação com o outro, que a criança se desenvolve e o desenho é apenas uma das formas que a criança possui para mostrar os seus conhecimentos.
Sans (1995) afirma que a criança quando desenha, desempenha grande concentração. E o fato de seus desenhos serem representados de forma simplificada é por que ela desenha o que realmente lhe interessa e chama a atenção, ou seja, o que considera ser importante.
Observação dos insetos e escolha do primeiro a ser pesquisado
O grupo foi convidado a observar todos os insetos que já temos em sala e escolher um deles para iniciar a pesquisa científica. Fizeram uma lista com os questionamentos a serem respondidos ao longo do projeto e, deixamos exposta na sala para que possamos todos os dias ler e investigar o que ainda não sabemos. O cartaz foi escrito em cartolina, com canetão em letras maiúsculas para melhor identificação das letras e palavras. O que a turma aprendeu:
Assim que a turma chega à sala percebeu o cartaz feito pela turma do matutino com os questionamentos. Vão logo tentando descobrir do que se trata, dando sugestões como "são nomes? Aqui tem letras do meu nome, é o nome dos insetos"?
Na roda de conversa, explico e leio os questionamentos para o grupo. A partir daí, as crianças expõem o inseto que desejam conhecer primeiro.
Gustavo quer conhecer primeiro às formigas: "se ela bota ovo e se busca comida pros filhinhos".
Maria Eduarda prefere as borboletas: "o que ela come e pra que ela usa as antenas"?
Maria Heloiza também optou pelas borboletas e perguntou: "por que elas têm asas tão grandes"?, assim como o Victor Hugo que quer conhecer tudo sobre este inseto.
Lucas tem dúvidas sobre a quantidade de pernas que uma centopeia tem. A centopeia é chamada de "queima-queima" pelas crianças.
Matheus e Joares querem descobrir sobre baratas: "se ela tem veneno, se bota ovo e o que come". Ésdras também tem dúvidas sobre tal inseto, porém seus questionamentos são mais investigativos: "o que são aqueles espinhos nas pernas? Quantos ovos nascem e como crescem dentro do ovo? A casca cresce junto? A barata choca os ovos?" Ao perguntar se a barata choca os ovos a Milena ri e diz: "choca ovo?", então os dois riem muito.
Os insetos mais solicitados pelas crianças foram barata, borboleta e aranha. Geralmente as perguntas são em relação à quantidade de ovos, onde moram e como vivem.
Peço para que escolham um dos insetos para que possamos iniciar nossa pesquisa e investigação. O grupo se agita e não consegue chegar a um acordo. Leio novamente o cartaz com os questionamentos sobre borboletas, feito pela turma da manhã sugerindo que, pesquisássemos também sobre elas e dessa forma construiríamos nossos conhecimentos todos juntos. O grupo concorda e aceita em acrescentarem novas perguntas no cartaz quando surgirem.
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