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Como as proteínas agem no corpo humano - A ARTE DE EDUCAR


A ARTE DE EDUCAR


Posted: 15 Aug 2013 02:00 AM PDT

VEJA na Sala de Aula

Apresente para os seus alunos o modo como absorvemos essas biomoléculas e sua importância nas dietasTerapia genética. Imagem: produção NOVA ESCOLA

Objetivos

- Compreender o modo de absorção e a importância nutricional das proteínas

Conteúdos

- Fisiologia humana 
- Nutrição


Tempo estimado

Duas aulas

Materiais necessários 
- Conexão com a internet para realização de pesquisa 
- Cópias da reportagem "As pazes com a balança" de Veja 

Introdução
Veja nos instiga a conhecer o papel das protéinas em novas dietas apresentadas por cientistas.  Para desenvolver o assunto apresente uma aula de fisiologia para compreender como funciona as proteínas.




Desenvolvimento
1ª etapa
Inicie a aula apresentando à turma a etimologia da palavra proteína. Ela vem do grego "protos" que significa primordial. Ou seja, a molécula primordial. Entre as biomoléculas é a mais abundante no corpo. Toda proteína pode ser descrita como um polímero de aminoácidos. Uma longa cadeia de aminoácidos, com diversos formatos e enrolamentos cujo formato espacial final está diretamente relacionado à sua função. 
Diga para a turma que as proteínas são fundamentais em nossa constituição e função orgânicas. Alguém poderá lembrar que o DNA é mais primordial, entretanto sua associação com as proteínas é fundamental. O DNA é a banda magnética e as proteínas são a música que dela emana.

Peça para que os alunos citem nomes de proteínas ou alimentos que contem proteínas. Em seguida, diga que existem milhares de tipos de proteínas com diversas funções orgânicas. Cite proteínas como a queratina do cabelo, colágeno dos músculos e a hemoglobina do sangue. Em seguida faça uma provocação. Pergunte se precisamos ingerir músculos para obter colágeno? Talvez. Entretanto, sabemos que ninguém ingere cabelo ou unhas para obter queratina. Assim, não é preciso ingerir uma proteína para que ela exista em nossas células. Observe que existe uma série de eventos intermediários que são fundamentais para entender toda a questão da nutrição proteica.
Conte que a todas as proteínas serão digeridas em etapas que começam no estômago. A acidez estomacal ativa a pepsina que quebra a cadeia em fragmentos chamados de oligopeptídeos. No início do intestino delgado, o suco pancreático que contém proteases irá quebrar estes fragmentos em porções menores com até dois ou três aminoácidos. Na superfície das células do intestino delgado, os enterócitos com a sua morfologia em borda de escova, produz proteases que finalizam a digestão resultando em aminoácidos isolados e peptídeos com no máximo três aminoácidos. Estes pequenos fragmentos penetrarão na célula da mucosa e depois ao sangue que os levará inicialmente ao fígado. Conte aos alunos que existem vários mecanismos de membrana que permitem a entrada dos peptídeos nos células intestinais. Eles podem penetrar nas células da mucosa por transporte ativo, difusão facilitada e difusão simples. 

Lembre-os da pergunta: é preciso ingerir colágeno para ter colágeno em nossas células? Não necessariamente, pois o que necessitamos é dos constituintes básicos das proteínas: os aminoácidos.

Esclareça que o surgimento de colágeno ou qualquer proteína dentro do nosso organismo depende de sua síntese pelas nossas células. A fórmula para tal síntese está no DNA. Pergunte ao grupo: como o corpo "sabe" que precisa de proteínas? Ou como podemos acumular proteínas musculares e ficar mais forte? Responda que se trata de uma questão de comunicação entre células. Sob determinados estímulos nossas glândulas produzem hormônios que podem estimular a produção de determinada proteína. Por exemplo, o exercício muscular intenso pode aumentar a síntese de proteínas musculares. O processo de crescimento envolve a liberação de hormônios que aumentam a síntese de proteínas. Conte que na nossa massa corporal magra, basicamente proteica, existem diferenças na quantidade de proteínas em diferentes tecidos e em diferentes idades. Por exemplo, o cérebro aumenta sua massa cinco vezes do nascimento até a maturidade. O fígado, coração e rins, que são mais metabolicamente ativos, aumentam 10 a 12 vezes, enquanto o músculo multiplica sua massa em aproximadamente 40 vezes. Estas são proteínas plásticas ou estruturais. Lembre os alunos que as proteínas exercem outras funções importantíssimas em nosso organismo. Aproveite para encomendar aos alunos uma lista de exemplos de proteínas para cada grupo funcional de proteínas.

Além das proteínas estruturais temos as enzimas e alguns hormônios com funções metabólicas. Temos milhares de enzimas em nossas células. Temos ainda proteínas transportadoras de gases e proteínas como os anticorpos, dedicados à defesa humoral. 


Quando nos nutrimos de proteínas estamos na verdade atrás dos aminoácidos para disponibiliza-los para o sistema de síntese de nossas células. Pergunte se seria biologicamente correto formular um critério de escolha sobre qual proteína consumir. Ou todas teriam o mesmo valor? Na verdade a qualidade das proteínas pode variar em uma série de aspectos dai que se pode alimentar-se estrategicamente delas. Um dos critérios é a variedade de aminoácidos e a presença dos chamados aminoácidos essenciais que são em número de 8 entre os 20 possíveis em uma proteína. Como referência, os pesquisadores utilizam a albumina uma proteína presente na clara do ovo e extremamente importante no plasma humano. De acordo com esse padrão de comparação há uma controvertida classificação da proteína como completa ou incompleta. A partir desse conceito identifica-se o aminoácido limitante de uma determinada proteína. Outro conceito é o chamado aminoácido limitante. É um aminoácido essencial que estaria faltando naquela fonte de proteínas. 

Conte a eles que outra questão é a chamada digestibilidade de uma proteína. Esta é medida pela quantidade de nitrogênio inicial e final após a digestão da proteína. Quanto melhor o aproveitamento do nitrogênio maior a digestibilidade. Sabe-se que este fator varia entre as proteínas de diferentes alimentos. Associado a este conceito está o de valor biológico da proteína. Este procura medir a diferença entre o nitrogênio absorvido e o excretado pela urina. 

Com base numa associação entre estas variáveis e a necessidade humana de proteínas tomando como base uma criança foi criado um critério global para a qualidade de uma proteína: PDCAAS Significa "A Pontuação de Aminoácidos Corrigida pela Digestibilidade das Proteinas". O método PDCAAS de determinação da qualidade da proteína leva em consideração os seguintes parâmetros: 
1. o perfil de aminoácidos essenciais da proteína do alimento, 
2. a proteína do alimento é corrigida pela sua digestibilidade, 
3. sua capacidade de atender à necessidade de aminoácidos em crianças de dois a cinco anos (o estágio da vida com maior demanda de proteína), de acordo com a Organização Mundial da Saúde 
Finalize esta etapa deixando claro para os alunos que a qualidade de uma proteína e por consequência do alimento que a contém pode ser objeto de uma escolha estratégica do alimento a ser consumido. 


2º etapa
Tomando como ponto de partida os conceitos desenvolvidos na aula anterior sobre os critérios de qualidade nutricional das proteínas proponha um trabalho aos alunos. Divida a classe em grupos e proponha a montagem de um pequeno cardápio com base nas necessidades proteicas de um adolescente (cerca de 1g/kg/dia). Os alunos vão consultar a internet e escolher alimentos ricos em proteína procurando alimentos com boa pontuação em termos de qualidade proteica.

Tabela proteica. Imagem: produção NOVA ESCOLA
Tabela 1: Qualidade medida em termos de escore químico de aminoácido corrigido pela digestibilidade protéica (PDCAAS)
 Com base nessa pesquisa os alunos poderão defender dietas mais ou menos ricas em proteínas de fonte animal, vegetal ou ainda misturadas. Como alternativa, o formato poderá ser um debate entre dietas predominantemente vegetarianas versus dietas predominantemente carnívoras no qual o cerne seria a questão da qualidade das proteínas de cada dieta.
O debate ainda poderá ser enriquecido se um dos grupos trabalhar com uma dieta rica em suplementos proteicos como estes utilizados comumente por fisiculturistas. 

Ao final do debate conte à classe que existe uma série de dietas preconizadas por médicos e nutricionistas que estão na moda e praticada por muitos. Esclareça que uma dieta envolve uma ingestão estratégica de diversos nutrientes visando o emagrecimento. Propunha uma leitura crítica da reportagem "As pazes com a balança" de Veja desta semana. No texto são descritos uma série de dietas. Entre elas, duas com base na ingestão maior de proteínas em detrimento a outros nutrientes, como é o caso da dieta de Dukan e a dieta do DR. Atkins. Em ambas o emagrecimento se dá pela menor ingestão de carboidratos desencadeando um processo bioquímico em que o fígado converte gordura corporal em ácidos graxos e corpos cetônicos, substâncias que podem ser usadas pelo corpo como fonte de energia. 

Comente que neste caso as proteínas estariam fazendo seu papel básico que é o fornecimento fundamental de aminoácidos. Pontue que é difícil alguém propor uma dieta pobre em proteínas. Diga aos alunos que as ressalvas feitas pelos médicos estão nos pequenos malefícios que uma dieta pobre em carboidratos pode causar, principalmente quando se trata de carboidratos ricos em fibras como os farináceos integrais. Outro ponto importante é que comendo muita proteína pode haver uma sobre carga nos rins pelo excesso de eliminação de cetoácidos além de ser contraindicada para indivíduos que tem problema de ácido úrico. Finalmente, há um risco quando a disponibilidade de glicose para o cérebro diminui.
Avaliação

Avalie a tarefa individual encomendada na primeira aula e a participação de cada grupo no debate. Utilize o trabalho escrito por cada grupo como evidencia de seu trabalho de pesquisa e verifique o que foi compreendido sobre a função das proteínas
Fonte:nova Escola



Posted: 15 Aug 2013 02:00 AM PDT


Planeta Sustentável

Objetivos

Discutir como os avanços da ciência e a tecnologia estão ajudando o homem a viver mais e melhor.


Conteúdos

Ciência, tecnologia, saúde, longevidade


Tempo Estimado

Três aulas


Introdução
O especial de VEJA 'Como parar o relógio' traz uma série de relatos de pessoas que, cada um a seu modo, tentam superar o que parece intransponível, o envelhecimento humano. Antes que seus jovens alunos achem isso tudo muito distante, convença-os de que, para viver mais, devem também viver melhor. 

Desenvolvimento

1ª Aula 
Medindo as possibilidades

Leve o especial de Veja para a sala de aula, leia a primeira parte da matéria com seus alunos e depois os divida em três grupos. Cada um deve ler e discutir as três entrevistas, para depois mostrá-las à turma. 
Incentive a leitura crítica dos alunos, abandonando a tentação de se deixar levar pelas falas dos entrevistados. Desta forma, evitamos dois riscos: o de achar as ideias idiotas e o de achá-las simples demais, como se fossem receitas.

Peça que cada grupo apresente ao restante da turma o entrevistado e suas ideias. Solicite também que analisem o quanto há de 'realidade' e de ficção nas atitudes tomadas pelo personagem do texto. 

Os alunos vão perceber, por exemplo, que na pesquisa de Aubrey de Grey sobre os sete principais problemas que nos limitam o tempo de vida há, por um lado, muita coerência - afinal são problemas comprovadamente sérios - e por outro, muito otimismo - o inglês diz que em 20 ou 30 anos seremos capazes de estender a vida até os 200 anos!

2ª aula 
Mil anos a dez ou dez anos a mil?

Há uma piada entre os médicos que diz que um paciente, buscando retardar o envelhecimento pergunta: `Doutor, eu me alimento bem, não me arrisco em nenhum esporte, frequento poucas festas e não me desgasto com fortes emoções! Isso vai me levar aos 100 anos?' e o médico responde `Para quê?'.

Viver mais, nem sempre significa viver melhor. Alguns trechos da matéria de VEJA deixam escapar essa ideia de que prolongar a vida nem sempre resulta em viver feliz. Levante esta questão com seus estudantes. 

A expectativa de vida está diretamente associada à qualidade de vida, isso sim é um fato comprovado. Esta qualidade se estende desde o saneamento básico até o acesso aos medicamentos e tratamentos clínicos mais avançados, das - pelo menos - três refeições diárias ao caminhar à beira mar no final de tarde. 

Convide a turma a analisar as pirâmides populacionais do Brasil nos últimos 40 anos: mo - 15/06/2011


Ilustração: Robles/Pingado
Ilustração: Robles/Pingado. Clique para ampliar













Fonte dos dados: IBGE. Censo demográfico 1970, 1980, 1991 e 2000. IBGE. Contagem da população 2007.



As pirâmides demográficas ilustram a composição da população por faixa de idade e sexo: mulheres de um lado, homens de outro; crianças embaixo, idosos em cima. 


O que mudou nas pirâmides brasileiras desde os anos 1970? A base, antes muito ampla, estreitou-se. E o topo se alargou, mostrando que há mais gente na faixa etária mais avançada, maior número de idosos. 

Compare agora com as mudanças ocorridas na Europa no mesmo período de tempo.

Ilustração: Robles/Pingado
Ilustração: Robles/Pingado. Clique para ampliar

















O que mais salta aos olhos é a configuração geral das pirâmides, mais 'quadrada', com base e topo de larguras menos discrepantes. Isso significa estabilidade e, sobretudo, que a população consegue envelhecer! Se acompanharmos a população que tinha entre zero e quatro anos em 1970 veremos que, boa parte dela, chega a faixa entre 40 e 44 anos em 2007. 

Outro dado impressionante da pirâmide europeia de 1970 é o recuo entre a população com 50-54 anos. Este buraco se mantém na pirâmide uma década depois e só desfaz 20 anos depois. O que seria? Um erro de medida? Não. É o impacto da 2ª Guerra Mundial que, nas décadas de 1930 e 40, matou muitos jovens.

3ª Aula 
Receitas triviais

De volta às pirâmides brasileiras e às polêmicas 'fontes da juventude', é hora de concluir o trabalho, sem encerrar o assunto, é claro!

Mostre para a turma o gráfico com as expectativas de vida ao nascer dos brasileiros no último século.

Ilustração: Robles/Pingado
Ilustração: Robles/Pingado
















A previsão de vida para um bebê que nascia em 1900, é que ele chegaria, com sorte, ao início da década de 1930. Já para os nascidos em 1960, a expectativa era a que presenciariam o novo milênio, vivendo até os 55 anos. Aqueles que hoje frequentam os berçários, tem expectativa de viver mais do que 70 anos!

O que seriam as razões pela melhoria na qualidade de vida e, consequentemente, na expectativa de vida do brasileiro? Será que, como o biólogo De Grey, passsamos a trabalhar dezesseis horas por dia, comer pouco e dormir menos ainda? Ou a fórmula foi a de Kurzweil, baseada em suplementos vitamínicos e uma dose de vinho diária? Ou ainda a cartilha de exercícios de Ferriss?

Provavelmente os professores de história e geografia da escola já estarão de olho nas suas discussões e são muito bem vindos à ela!

Os avanços no país - que ainda é bem desigual socialmente, deficiente em saneamento básico e acesso à saúde e na qualidade da educação, entre muitos outros problemas - foram determinantes para a melhor distribuição etária de nossa população. Tem-se no país cada vez mais gente chegando, e saudável, aos 70 anos. Nossos jovens, como seus alunos, tem grandes chances de ultrapassar os 80 anos de vida. Saudável e bem vividos!


Avaliação

As muitas discussões fruto dessa temática trazem elementos suficientes para uma avaliação processual e completa de seus estudantes. Observe-os desde a proposta do assunto, identifique aqueles que mais se envolveram com a possibilidade de discutir o comprimento da vida. Fique atento também àqueles que descobriram o interesse no decorrer da atividade, que foram se envolvendo aos poucos e chegaram à etapa final, completamente motivados!



biólogo, professor de Metodologia do Ensino da Universidade Federal de Santa Maria/UFSM.
Posted: 15 Aug 2013 02:00 AM PDT
VEJA na Sala de Aula

Apresente e relembre com os alunos as principais características e adaptações que colocaram a classe Mammalia como grupo mais evoluído dos cordados.

Objetivos


- Relembrar os cincos reinos

- Caracterizar a classe Mammalia
- Diferenciar os mamíferos das demais classes de vertebrados
- Reconhecer as principais especializações dos mamíferos

Conteúdo
- Seres Vivos: Reino Animal

Anos
- Ensino Médio

Tempo
- Uma aula

Materiais necessários
- Cópias da reportagem "O leite nas cavernas" (Veja, 2324, 05 de  junho de 2013) 

Introdução
A reportagem "O leite nas cavernas", de Veja, traz à tona temas como lactação, cuidado parental e sobrevivência da espécie. Utilize os assuntos abordados para trabalhar com os alunos a classe Mammalia, suas características principais, seus representantes e a diferença desta classe com relação às demais classes de vertebrados. Ainda é possível utilizar esta aula para relembrar conceitos importantes referentes aos cinco reinos de seres vivos e também relembrar as diferenças entre vertebrados e invertebrados.


Desenvolvimento

1ª etapa
Faça uma abordagem geral sobre os cinco reinos de seres vivos. Elabore um quadro (como o do exemplo) com seus alunos para relembrar as principais características dos seres vivos, dando ênfase ao Reino Animal, ao qual pertencem os mamíferos.

Tabela 1: Os cinco reinos.


ReinoTipo de CélulaNº de CélulasNutriçãoExemplo
MoneraProcarionteUnicelularHeterótrofosBactérias e cianobactérias
ProtistaEucarionteUnicelularHeterótrofos e autótrofosProtozoários e algas unicelulares
FungiEucarionteUnicelular ou PluricelularHeterótrofosFungos
PlantaeEucariontePluricelularAutótrofosPlantas e algas pluricelulares
AnimaliaEucariontePluricelularHeterótrofosAnimais




2ª etapa
Depois de relembrar as principais características dos cinco reinos, de acordo com o quadro acima, peça que os alunos citem espécies do Reino Animal e anote as respostas no quadro. Depois, solicite que a turma classifique os animais citados em invertebrados e vertebrados e pergunte se eles sabem qual o critério para serem classificados desta forma. Verifique o nível de conhecimento da turma quanto a esta diferenciação e esclareça alguma dúvida ou equívoco que possa ter surgido sobre o assunto. Apresente aos alunos as diversas classes de vertebrados (Peixes, Anfíbios, Répteis, Aves e Mamíferos) e pergunte quais são as características que as diferenciam. Reforce que os vertebrados possuem corpo sustentado por endoesqueleto cartilaginoso ou ósseo, composto por duas partes:

esqueleto axial: compreende ao crânio e à coluna vertebral
esqueleto apendicular: compreende às cinturas escapular e pélvica e ao esqueleto das nadadeiras ou dos membros.

3ª etapa
Convide o grupo para, juntos, lerem a reportagem "O leite nas cavernas", de Veja. Comente com a turma que a característica mais marcante dos mamíferos é a presença de glândulas mamárias, e que o grupo recebe esse nome em função delas. Explique que elas estão presentes tanto em machos como em fêmeas. Somente nestas, no entanto, as glândulas são desenvolvidas e funcionais, produzindo o leite do qual os filhotes se alimentam. Além deste principal traço distintivo, destaque outras características exclusivas dos mamíferos, como: isolamento térmico constituído por pelos, presença glândulas sebáceas, sudoríparas e diafragma, a heterodontia (dentição diferenciada: incisivos, caninos, pré-molares e molares) além de outras, como endotermia e coração tetracavitário, características também compartilhadas com as aves.

Lembre os alunos que as características exclusivas estão presentes ao menos em uma das fases de vida do animal. As baleias, por exemplo, têm o corpo coberto por pelos apenas durante a fase embrionária. Na vida adulta, sua presença diminuiria a velocidade ao nadar. 

Retomando a reportagem, comente com a turma que a amamentação torna os mamíferos independentes da sazonalidade para a criação da prole, pois o leite produzido pela mãe alimenta os filhotes até eles serem capazes de obter seu próprio alimento. Além disso, a amamentação está relacionada com o cuidado parental e isso aumenta a chance de sobrevivência dos descendentes. Outro traço diretamente relacionado com a lactação é a difiodontia (duas dentições: dentes de leite e dentes permanentes). No período de amamentação os filhotes não necessitam de dentes muitos resistentes por terem uma dieta composta basicamente de líquidos. À medida que o mamífero vai se desenvolvendo e ingerindo alimentos mais sólidos, ocorre a substituição dos dentes, assim como o aumento da mandíbula.

4ª etapa
Após apresentar para a turma as principais características que diferenciam os mamíferos dos demais vertebrados, explique que a classe Mammalia é dividida em três subclasses: Prototheria (monotremados), Metatheria (marsupiais) e Eutheria (placentários). Questione a turma se eles conhecem algum representante destas subclasses. E se eles sabem quais fatores são utilizados para classificar um mamífero em monotremado, marsupial ou placentário? Após ouvir a turma, construa no quadro uma tabela como a abaixo, ressaltando as diferenças entre as subclasses de Mammalia.


Tabela 2: Subclasses da classe Mammalia.


SubclasseCaracterísticasRepresentantes
PrototheriaAtualmente, são encontrados apenas na Austrália e na Nova guiné. São ovíparos.Ornitorrinco
Equidnas
MetatheriaFêmeas possuem uma bolsa de pele no ventre (marsúpio), onde os filhotes completam o desenvolvimentoGambá
Canguru
EutheriaFilhotes completam o desenvolvimento no interior do útero materno. Através da placenta (órgão formado por tecidos maternos e embrionários) o filhote recebe nutrientes e gás oxigênio do sangue da mãe e nele elimina gás carbônico e as excretas resultantes do seu metabolismoVer ordens da tabela 3.


Comente que, apesar de todos os mamíferos apresentarem as características citadas anteriormente, eles sofreram algumas adaptações para aumentar sua sobrevivência nos diferentes habitat. Aproveite para explicar à turma as diferentes ordens que compõem a subclasse Eutheria e as características marcantes que as distinguem. Construa no quadro uma tabela como a abaixo:


Tabela 3: Ordens que compõem a subclasse Eutheria.


OrdemCaracterísticaRepresentantes
 InsectivoraFocinho longo e pontiagudo, dentes adaptados para comer insetos, pés com cinco dedos, guarnecidos por unhas. Toupeira
Musaranho
 ChiropteraVoadores, com os membros anteriores transformados em asas. Possuem hábitos noturnos e existem espécies frugívoras, insetívoras e hematófagas. Morcego
 Lagomorpha Possuem dois pares de incisivos adaptados para roer e um par adicional de incisivos superiores pequenos, atrás do primeiro par.Coelho
Lebre
 PerissodactylaPossuem número ímpar de dedos e caminham sobre o casco do terceiro dedo.Rinoceronte
Anta
Cavalo
 ArtiodactylaPossuem número par de dedos, sendo o terceiro e o quarto guarnecidos por cascos.Camelo
Cervo
Girafa
Boi
Cabra
Porco
 SireniaAquáticos herbívoros com os membros adaptados para a natação.Peixe-boi
 ProboscideaNariz e lábio superior transformados em tromba, dentes incisivos superiores bem desenvolvidos (presas de marfim).Elefante
 CetaceaAquáticosm principalmente marinhos. Possuem os membros anteriores transformados em nadadeiras e os posteriores estão ausentes. As narinas abrem-se no auto da cabeça e apresentam cauda desenvolvida, utilizada para nadar.Baleia
Golfinho
 PrimataPossuem cinco dedos nos pés e nas mãos, visão binocular e cérebro bem desenvolvido.Lêmure
Társio
Macaco
Humano
 RodentiaPossuem dois pares de dentes incisivos adaptados para roer, que crescem continuamente, à medida que se desgastam.Marmota
Castor
Rato
Capivara
Camundongo
Chinchila
 XenarthraNão possuem dentes ou estes são pouco desenvolvidos.Preguiça
Tatu


5a etapa
Convide os alunos para um passeio no Jardim Zoológico (se sua cidade não possuir Jardim Zoológico, opte por levar a turma a uma fazenda ou mostra de biologia), a fim de reconhecer os diferentes exemplares das classes de vertebrados. Solicite que cada aluno faça anotações e desenhos das características marcantes ao menos de um representante de cada uma das classes dos vertebrados

Avaliação
Divida a turma em grupos e solicite que cada um faça uma cartilha, ou cartazes, que possam ser expostos e distribuídos na escola. Oriente os alunos a montar o material com os mamíferos da fauna brasileira, especialmente os ameaçados de extinção. 

A cartilha ou cartaz deve conter as seguintes informações: nome popular, nome científico, distribuição geográfica, hábitat, hábito alimentar e principais ameaças que podem levar a espécie à extinção. Avalie a adequação do material às orientações propostas e também a correção no uso dos conceitos previamente abordados. A participação e o interesse dos alunos durante as atividades também podem ser levados em consideração na avaliação.

Saiba mais:
POUGH, F. H.; HEISER, J. B.; JANIS, C. M. A vida dos vertebrados. 4ª ed. São Paulo: Atheneu, 2008.


Bióloga, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Biodiversidade Animal da Universidade Federal de Santa Maria



Bióloga, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica Toxicológica da Universidade Federal de Santa Maria.

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