A ARTE DE EDUCAR |
- Como as proteínas agem no corpo humano
- Viver melhor para viver mais
- Sequência Didática A diversidade dos mamíferos
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Posted: 15 Aug 2013 02:00 AM PDT
Apresente para os seus alunos o modo como absorvemos essas biomoléculas e sua importância nas dietas
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Posted: 15 Aug 2013 02:00 AM PDT
Objetivos
Discutir como os avanços da ciência e a tecnologia estão ajudando o homem a viver mais e melhor.
Conteúdos
Ciência, tecnologia, saúde, longevidade
Tempo Estimado
Três aulas
Introdução
O especial de VEJA 'Como parar o relógio' traz uma série de relatos de pessoas que, cada um a seu modo, tentam superar o que parece intransponível, o envelhecimento humano. Antes que seus jovens alunos achem isso tudo muito distante, convença-os de que, para viver mais, devem também viver melhor.
Desenvolvimento
1ª Aula
Medindo as possibilidades
Leve o especial de Veja para a sala de aula, leia a primeira parte da matéria com seus alunos e depois os divida em três grupos. Cada um deve ler e discutir as três entrevistas, para depois mostrá-las à turma.
Incentive a leitura crítica dos alunos, abandonando a tentação de se deixar levar pelas falas dos entrevistados. Desta forma, evitamos dois riscos: o de achar as ideias idiotas e o de achá-las simples demais, como se fossem receitas.
Peça que cada grupo apresente ao restante da turma o entrevistado e suas ideias. Solicite também que analisem o quanto há de 'realidade' e de ficção nas atitudes tomadas pelo personagem do texto.
Os alunos vão perceber, por exemplo, que na pesquisa de Aubrey de Grey sobre os sete principais problemas que nos limitam o tempo de vida há, por um lado, muita coerência - afinal são problemas comprovadamente sérios - e por outro, muito otimismo - o inglês diz que em 20 ou 30 anos seremos capazes de estender a vida até os 200 anos!
2ª aula
Mil anos a dez ou dez anos a mil?
Há uma piada entre os médicos que diz que um paciente, buscando retardar o envelhecimento pergunta: `Doutor, eu me alimento bem, não me arrisco em nenhum esporte, frequento poucas festas e não me desgasto com fortes emoções! Isso vai me levar aos 100 anos?' e o médico responde `Para quê?'.
Viver mais, nem sempre significa viver melhor. Alguns trechos da matéria de VEJA deixam escapar essa ideia de que prolongar a vida nem sempre resulta em viver feliz. Levante esta questão com seus estudantes.
A expectativa de vida está diretamente associada à qualidade de vida, isso sim é um fato comprovado. Esta qualidade se estende desde o saneamento básico até o acesso aos medicamentos e tratamentos clínicos mais avançados, das - pelo menos - três refeições diárias ao caminhar à beira mar no final de tarde.
Convide a turma a analisar as pirâmides populacionais do Brasil nos últimos 40 anos: mo - 15/06/2011
As pirâmides demográficas ilustram a composição da população por faixa de idade e sexo: mulheres de um lado, homens de outro; crianças embaixo, idosos em cima.
O que mudou nas pirâmides brasileiras desde os anos 1970? A base, antes muito ampla, estreitou-se. E o topo se alargou, mostrando que há mais gente na faixa etária mais avançada, maior número de idosos.
Compare agora com as mudanças ocorridas na Europa no mesmo período de tempo.
O que mais salta aos olhos é a configuração geral das pirâmides, mais 'quadrada', com base e topo de larguras menos discrepantes. Isso significa estabilidade e, sobretudo, que a população consegue envelhecer! Se acompanharmos a população que tinha entre zero e quatro anos em 1970 veremos que, boa parte dela, chega a faixa entre 40 e 44 anos em 2007.
Outro dado impressionante da pirâmide europeia de 1970 é o recuo entre a população com 50-54 anos. Este buraco se mantém na pirâmide uma década depois e só desfaz 20 anos depois. O que seria? Um erro de medida? Não. É o impacto da 2ª Guerra Mundial que, nas décadas de 1930 e 40, matou muitos jovens.
3ª Aula
Receitas triviais
De volta às pirâmides brasileiras e às polêmicas 'fontes da juventude', é hora de concluir o trabalho, sem encerrar o assunto, é claro!
Mostre para a turma o gráfico com as expectativas de vida ao nascer dos brasileiros no último século.
Ilustração: Robles/Pingado
A previsão de vida para um bebê que nascia em 1900, é que ele chegaria, com sorte, ao início da década de 1930. Já para os nascidos em 1960, a expectativa era a que presenciariam o novo milênio, vivendo até os 55 anos. Aqueles que hoje frequentam os berçários, tem expectativa de viver mais do que 70 anos!
O que seriam as razões pela melhoria na qualidade de vida e, consequentemente, na expectativa de vida do brasileiro? Será que, como o biólogo De Grey, passsamos a trabalhar dezesseis horas por dia, comer pouco e dormir menos ainda? Ou a fórmula foi a de Kurzweil, baseada em suplementos vitamínicos e uma dose de vinho diária? Ou ainda a cartilha de exercícios de Ferriss?
Provavelmente os professores de história e geografia da escola já estarão de olho nas suas discussões e são muito bem vindos à ela!
Os avanços no país - que ainda é bem desigual socialmente, deficiente em saneamento básico e acesso à saúde e na qualidade da educação, entre muitos outros problemas - foram determinantes para a melhor distribuição etária de nossa população. Tem-se no país cada vez mais gente chegando, e saudável, aos 70 anos. Nossos jovens, como seus alunos, tem grandes chances de ultrapassar os 80 anos de vida. Saudável e bem vividos!
Avaliação
As muitas discussões fruto dessa temática trazem elementos suficientes para uma avaliação processual e completa de seus estudantes. Observe-os desde a proposta do assunto, identifique aqueles que mais se envolveram com a possibilidade de discutir o comprimento da vida. Fique atento também àqueles que descobriram o interesse no decorrer da atividade, que foram se envolvendo aos poucos e chegaram à etapa final, completamente motivados!
Consultor Luiz Caldeira Brant
biólogo, professor de Metodologia do Ensino da Universidade Federal de Santa Maria/UFSM.
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Posted: 15 Aug 2013 02:00 AM PDT
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| Reino | Tipo de Célula | Nº de Células | Nutrição | Exemplo |
| Monera | Procarionte | Unicelular | Heterótrofos | Bactérias e cianobactérias |
| Protista | Eucarionte | Unicelular | Heterótrofos e autótrofos | Protozoários e algas unicelulares |
| Fungi | Eucarionte | Unicelular ou Pluricelular | Heterótrofos | Fungos |
| Plantae | Eucarionte | Pluricelular | Autótrofos | Plantas e algas pluricelulares |
| Animalia | Eucarionte | Pluricelular | Heterótrofos | Animais |
2ª etapa
Depois de relembrar as principais características dos cinco reinos, de acordo com o quadro acima, peça que os alunos citem espécies do Reino Animal e anote as respostas no quadro. Depois, solicite que a turma classifique os animais citados em invertebrados e vertebrados e pergunte se eles sabem qual o critério para serem classificados desta forma. Verifique o nível de conhecimento da turma quanto a esta diferenciação e esclareça alguma dúvida ou equívoco que possa ter surgido sobre o assunto. Apresente aos alunos as diversas classes de vertebrados (Peixes, Anfíbios, Répteis, Aves e Mamíferos) e pergunte quais são as características que as diferenciam. Reforce que os vertebrados possuem corpo sustentado por endoesqueleto cartilaginoso ou ósseo, composto por duas partes:
esqueleto axial: compreende ao crânio e à coluna vertebral
esqueleto apendicular: compreende às cinturas escapular e pélvica e ao esqueleto das nadadeiras ou dos membros.
3ª etapa
Convide o grupo para, juntos, lerem a reportagem "O leite nas cavernas", de Veja. Comente com a turma que a característica mais marcante dos mamíferos é a presença de glândulas mamárias, e que o grupo recebe esse nome em função delas. Explique que elas estão presentes tanto em machos como em fêmeas. Somente nestas, no entanto, as glândulas são desenvolvidas e funcionais, produzindo o leite do qual os filhotes se alimentam. Além deste principal traço distintivo, destaque outras características exclusivas dos mamíferos, como: isolamento térmico constituído por pelos, presença glândulas sebáceas, sudoríparas e diafragma, a heterodontia (dentição diferenciada: incisivos, caninos, pré-molares e molares) além de outras, como endotermia e coração tetracavitário, características também compartilhadas com as aves.
Lembre os alunos que as características exclusivas estão presentes ao menos em uma das fases de vida do animal. As baleias, por exemplo, têm o corpo coberto por pelos apenas durante a fase embrionária. Na vida adulta, sua presença diminuiria a velocidade ao nadar.
Retomando a reportagem, comente com a turma que a amamentação torna os mamíferos independentes da sazonalidade para a criação da prole, pois o leite produzido pela mãe alimenta os filhotes até eles serem capazes de obter seu próprio alimento. Além disso, a amamentação está relacionada com o cuidado parental e isso aumenta a chance de sobrevivência dos descendentes. Outro traço diretamente relacionado com a lactação é a difiodontia (duas dentições: dentes de leite e dentes permanentes). No período de amamentação os filhotes não necessitam de dentes muitos resistentes por terem uma dieta composta basicamente de líquidos. À medida que o mamífero vai se desenvolvendo e ingerindo alimentos mais sólidos, ocorre a substituição dos dentes, assim como o aumento da mandíbula.
4ª etapa
Após apresentar para a turma as principais características que diferenciam os mamíferos dos demais vertebrados, explique que a classe Mammalia é dividida em três subclasses: Prototheria (monotremados), Metatheria (marsupiais) e Eutheria (placentários). Questione a turma se eles conhecem algum representante destas subclasses. E se eles sabem quais fatores são utilizados para classificar um mamífero em monotremado, marsupial ou placentário? Após ouvir a turma, construa no quadro uma tabela como a abaixo, ressaltando as diferenças entre as subclasses de Mammalia.
Tabela 2: Subclasses da classe Mammalia.
| Subclasse | Características | Representantes |
| Prototheria | Atualmente, são encontrados apenas na Austrália e na Nova guiné. São ovíparos. | Ornitorrinco Equidnas |
| Metatheria | Fêmeas possuem uma bolsa de pele no ventre (marsúpio), onde os filhotes completam o desenvolvimento | Gambá Canguru |
| Eutheria | Filhotes completam o desenvolvimento no interior do útero materno. Através da placenta (órgão formado por tecidos maternos e embrionários) o filhote recebe nutrientes e gás oxigênio do sangue da mãe e nele elimina gás carbônico e as excretas resultantes do seu metabolismo | Ver ordens da tabela 3. |
Comente que, apesar de todos os mamíferos apresentarem as características citadas anteriormente, eles sofreram algumas adaptações para aumentar sua sobrevivência nos diferentes habitat. Aproveite para explicar à turma as diferentes ordens que compõem a subclasse Eutheria e as características marcantes que as distinguem. Construa no quadro uma tabela como a abaixo:
Tabela 3: Ordens que compõem a subclasse Eutheria.
| Ordem | Característica | Representantes |
| Insectivora | Focinho longo e pontiagudo, dentes adaptados para comer insetos, pés com cinco dedos, guarnecidos por unhas. | Toupeira Musaranho |
| Chiroptera | Voadores, com os membros anteriores transformados em asas. Possuem hábitos noturnos e existem espécies frugívoras, insetívoras e hematófagas. | Morcego |
| Lagomorpha | Possuem dois pares de incisivos adaptados para roer e um par adicional de incisivos superiores pequenos, atrás do primeiro par. | Coelho Lebre |
| Perissodactyla | Possuem número ímpar de dedos e caminham sobre o casco do terceiro dedo. | Rinoceronte Anta Cavalo |
| Artiodactyla | Possuem número par de dedos, sendo o terceiro e o quarto guarnecidos por cascos. | Camelo Cervo Girafa Boi Cabra Porco |
| Sirenia | Aquáticos herbívoros com os membros adaptados para a natação. | Peixe-boi |
| Proboscidea | Nariz e lábio superior transformados em tromba, dentes incisivos superiores bem desenvolvidos (presas de marfim). | Elefante |
| Cetacea | Aquáticosm principalmente marinhos. Possuem os membros anteriores transformados em nadadeiras e os posteriores estão ausentes. As narinas abrem-se no auto da cabeça e apresentam cauda desenvolvida, utilizada para nadar. | Baleia Golfinho |
| Primata | Possuem cinco dedos nos pés e nas mãos, visão binocular e cérebro bem desenvolvido. | Lêmure Társio Macaco Humano |
| Rodentia | Possuem dois pares de dentes incisivos adaptados para roer, que crescem continuamente, à medida que se desgastam. | Marmota Castor Rato Capivara Camundongo Chinchila |
| Xenarthra | Não possuem dentes ou estes são pouco desenvolvidos. | Preguiça Tatu |
5a etapa
Convide os alunos para um passeio no Jardim Zoológico (se sua cidade não possuir Jardim Zoológico, opte por levar a turma a uma fazenda ou mostra de biologia), a fim de reconhecer os diferentes exemplares das classes de vertebrados. Solicite que cada aluno faça anotações e desenhos das características marcantes ao menos de um representante de cada uma das classes dos vertebrados
Avaliação
Divida a turma em grupos e solicite que cada um faça uma cartilha, ou cartazes, que possam ser expostos e distribuídos na escola. Oriente os alunos a montar o material com os mamíferos da fauna brasileira, especialmente os ameaçados de extinção.
A cartilha ou cartaz deve conter as seguintes informações: nome popular, nome científico, distribuição geográfica, hábitat, hábito alimentar e principais ameaças que podem levar a espécie à extinção. Avalie a adequação do material às orientações propostas e também a correção no uso dos conceitos previamente abordados. A participação e o interesse dos alunos durante as atividades também podem ser levados em consideração na avaliação.
Saiba mais:
POUGH, F. H.; HEISER, J. B.; JANIS, C. M. A vida dos vertebrados. 4ª ed. São Paulo: Atheneu, 2008.
Bióloga, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Biodiversidade Animal da Universidade Federal de Santa Maria
Bióloga, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica Toxicológica da Universidade Federal de Santa Maria.








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